“A bateria é a grande chave do progresso da mobilidade. Todos os carros serão elétricos no futuro”. A afirmação, do piloto Lucas Di Grassi, atual campeão da Fórmula E, foi feita no Simpósio SAE BRASIL CarBody 2017, evento anual que tem o objetivo de discutir novos conceitos, tecnologias e matérias-primas para o desenvolvimento de carrocerias veiculares mais seguras e menos poluentes.
Di Grassi afirmou que, em até 40 anos, os automóveis movidos a bateria já serão maioria e os modelos a combustão, proibidos em muitos países. “Será um movimento inevitável, que deve ser alavancado com a explosão de startups que produzem veículos elétricos”, explicou. Ao falar de segurança, Di Grassi reconheceu que a Fórmula E apresenta maior risco que a Fórmula 1 por conta de as provas ocorrerem em ruas. “Apesar disso, desde que este campeonato é realizado, há cerca de três anos, nunca aconteceu nenhum acidente grave. O maior perigo é a desaceleração ou o impacto frontal”, explicou.
Segundo ele, a segurança nas competições de corrida tem evoluído muito com o incremento da tecnologia em acessórios como cintos e capacetes. Já nos automóveis de linha, Di Grassi acredita na crescente automação, com a popularização de elementos de segurança como o freio automático, por exemplo. “Além desse processo, acho que o uso de materiais mais nobres deve garantir a fabricação de estruturas automotivas mais resistente e leves, o que gera maior proteção para os ocupantes e menor emissão de poluentes”, disse Di Grassi. Para o piloto, as corridas profissionais podem ainda acelerar o desenvolvimento de conceitos que, no futuro, serão comercialmente viáveis para veículos de passeio, lembrando do que aconteceu com os carros híbridos e os faróis a laser desenvolvidos pela Audi.